22 de diciembre de 2011

happens


Depois de um ano.




                             E muita coisa.




       Quase uma desesperança.
                                                          Mas passa.










                                              Depois de um ano.


                                                             (ou mais)

3 de diciembre de 2011

last nite



I dream I fucked the devil



7 de marzo de 2011

BotuCasas - dia 4

O último dia, e uma tristeza enorme me invadiu. Por alguma razão eu queria que as coisas fossem diferentes. Durante a manhã Lucas gravou uma cena com Carolina, vestida de branco no meio do matagal. Eu entrei num dos quartinhos do nosso lar e tive um surto Pollock, descarregando tudo. Camila e Paulo consertaram algumas das pinturas do dia anterior. Levamos mais tinta. A casinha se terminou de fazer, como se tivera sido construída para nós. A tarde se fez e era hora de ir. Uma última volta para ver o resultado final. Um abraço de despedida.


                                      

                                     


6 de marzo de 2011

BotuCasas - dia 3

Ainda indecisos em quanto ao que fazer, decidimos sair e colocar a mão na massa. De manhã fizemos uma super corrida entre 6 casinhas, a idéia era ir um no carro registrando tudo enquanto os outros corriam pelas casinhas, num jogo de pega-esconde com a camera. Fizemos isso 5 vezes, até cairmos todos. Voltamos a casa e o plano da tarde era comprar tintas. Azul, vermelho e amarelo. Com essas bases podemos criar outras cores. Em um transe, chegamos ao nosso novo lar no finzinho de tarde e começamos a pintar. Primeiro caoticamente, logo Paulo decidiu escrever AMANHÃ. JÁ. Me dei conta de que era um anagrama para HAJA AMANHÃ. Por isso ficaram sem os acentos, essas palavras que representavam a gente. Era amanhã, porque não era hoje. Sempre para depois, mas quero tudo agora.




4 de marzo de 2011

BotuCasas - dia 2

Então fomos. Com facões, com madeira, com o carro cheio. Cada um vestiu a roupa mais comoda que tinha, calça, botas, preparados. Logo de caminhar pelo matagal, escolhemos a nossa casinha. Era ela. Enquanto Lucas e Camila cortavam o capim do nosso novo lar, eu registrava com a cámera. Paulo saiu por outro lado. Carolina começou a caminhar. Eu a segui. Um jogo de esconde-esconde, de fuga, perseguidor e perseguida. Então ela encontrou sua nova casa. Era longe, das últimas. E subiu. Deu volta, e assim de ponta cabeça dançou. O sol do meio dia se assomou e fomos comer. Enquanto eu tirava uma siesta, eles escreveram em cadaver delicioso 3 cenas. Voltamos no final da tarde, com alcool e fizemos a fogueira. Paulo e Lucas sem camisa e com colares de Oxum, sentados ao redor. Fizemos uma das cenas escritas, os 4 amigos conversando. Coração, coração, coração. O projeto começava aí.




3 de marzo de 2011

BotuCasas - dia 1 - noite

O plano era voltar de noite, já equipados com botas e calças, acender a fogueira, e aí vamos nós. Sem incômodos. Ao chegar em casa meu pai dissuadiu totalmente a idéia, eramos loucos em querer estar em meio a uma estrada que fica ao lado de duas favelas. O medo foi maior, ou a prevenção, e por força da ocasião, não fomos. Com isso convocamos uma reunião de emergencia, afinal, o que queríamos fazer lá? Por que de noite? Por que filmando? Se gerou uma polêmica, falávamos as mesmas coisas, nos contradizemos, ficamos. Muitas questões e prontos para o dia seguinte.


27 de enero de 2011

BotuCasas - dia 1

Então eu chamei esses 5 amigos, cada um d'um lado. Uma estudante de dança com especialização em performance, um estudante de filosofia, uma formada em história e outro que está trancado em artes mas segue fazendo a sua. Fomos pra lá crus, eles só conheciam as fotos que tinha tirado ha mais um menos um mês antes. Entramos mato adentro, e na nossa primeira visita eu não me senti cômoda. Percebi que o mato me incomodava, o mal estar de um lugar abandonado me invadia, eu não conseguia me sentir pertencente ali. Resolvemos ir embora, não estavamos preparados.




26 de enero de 2011

BotuCasas - projeto

Começei um projeto com meus amigos a partir de casas abandonadas em Botucatu - atual cidade do meu pai. No caminho que liga a cidade até a comunidade aonde ele vive, sempre me instigaram as casinhas abandonadas, construídas em séria há anos atrás, e aonde hoje o mato já tomou conta. Um dia resolvi tirar fotos e pensar a respeito, o que se pode fazer nessa ótima locação? Chamei 5 queridos e fomos lá durante um fim de semana largo, fazer coisas e filmar o processo de trabalho. Aqui, as fotos do meu primeiro encontro, sozinha, com as casas.


11 de enero de 2011